Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2007

Divulgação 2-2007

Grupo dos Amigos de Olivença

www.olivenca.org

 

Divulgação 2-2007

Pela irreverência e sentido crítico, aprecie-se a oportuna ironia do vídeo «A Tomada de Olivença: português que é português tem de chatear um espanhol pelo menos uma vez»: http://31tv.blogs.sapo.pt/, em exibição no «YouTube».

O vídeo teve repercussão em diversos meios e suscitou, como é habitual, a atenção e escrutínio das autoridades espanholas...

Na edição de hoje, o diário «24 Horas» publica uma saborosa reportagem sobre o assunto, assinada por Luís Maneta, que se transcreve:

 

 

24 Horas, 11-02-07



BANDEIRA PORTUGUESA FOI IÇADA EM ESPANHA - PORTUGUESES "RECONQUISTAM" OLIVENÇA

Foi por pouco tempo mas uma bandeira nacional voltou a ser desfraldada no castelo de Olivença. A "invasão" foi filmada e circula na Net. Os espanhóis é que não acharam piada nenhuma....

Dois séculos após a ocupação de Olivença por Espanha, a bandeira portuguesa voltou a ser desfraldada no castelo da cidade. A brincadeira foi gravada em vídeo e colocada no "site" YouTube. O filme, com a duração de quatro minutos, terá sido rodado entre os dias 4 e 7 de Janeiro, e mostra dois portugueses, disfarçados de Darth Vader, a personagem tenebrosa da "Guerra nas Estrelas", a passearem de noite pelo centro de Olivença.

O trajecto inclui a Rua Vasco da Gama, o pelourinho, na Praça da Constituição, junto à esquadra da polícia local, o antigo Palácio dos Duques de Cadaval e a Igreja de Santa Maria, mandada construir no século XVI pelo Bispo de Elvas.

O ponto alto passa-se no interior do Castelo. Uma vez "ludibriadas as força de segurança locais", os "nossos" homens sobem à Porta de São Sebastião - uma das entradas - e desfraldam a bandeira nacional ao som de "Uma Casa Portuguesa", um fado de Amália Rodrigues.

ESPANHÓIS INDIGNADOS

Intitulado "A Tomada de Olivença", o filme suscitou reacções indignadas em Espanha. Segundo um utilizador do YouTube, a ficção é mesmo "a única forma" de Portugal reconquistar a cidade. "A ver se nos deixam tranquilos de uma vez por todas, que Olivença é espanhola", desabafa outro.

O mal-estar chegou às páginas da imprensa local e o alcaide de Olivença, Ramón Rocha, disse que a acção dos portugueses frente à esquadra da polícia só foi possível porque o edifício está em obras. Por outro lado, o acesso ao castelo é livre, uma vez desviada uma barreira de protecção. O alcaide classifica o episódio "uma brincadeira", e diz nada ter a ver com os movimentos que consideram ilegal a ocupação de Olivença.

PORTUGUESES SATISFEITOS

"Não há motivos para os espanhóis se sentirem ofendidos. Dar um sentido de humor às coisas é uma forma de as desdramatizar. O problema existe, toda a gente sabe, mas nada impede que se brinque com isso", diz Carlos Luna, do Grupo dos Amigos de Olivença (GAO).

Assegurando que o GAO "nada teve que ver" com a brincadeira, Luna diz que as autoridades espanholas costumam "reagir muito mal a este tipo de coisas" e lembra a "forte pressão" exercida há dois anos pela Guardia Civil Quanto às motivações, ficam expressas nos primeiros segundos: "Português que é português, chateia um espanhol pelo menos uma vez".

 

Luís Maneta

 

 

 

Lx., 11-02-2007.

SI/Grupo dos Amigos de Olivença

 

__________________

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Tlm. 96 743 17 69  -  Fax. 21 259 05 77

Jornal de Olivença editou às 16:34

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Domingo, 4 de Fevereiro de 2007

Português ensinado no país vizinho

Crianças espanholas aprendem português

Uma localidade fronteiriça, na raia espanhola, decidiu começar a ensinar português a 235 crianças, entre os três e os cinco anos. A ideia é que os alunos tenham a possibilidade de aprender dois idiomas em paralelo, aproveitando a facilidade com que adquirem conhecimentos linguísticos no início da fala. As aulas são ministradas por uma portuguesa que um dia decidiu experimentar a sua sorte no país vizinho e por lá ficou. O projecto é financiado pelo Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças da Junta da Extremadura e os resultados, esses, não se fazem esperar.

"Fecha a porta", "senta-te", "levanta-te", "apaga a luz". Eis as expressões mais bem assimiladas pelas crianças que agora começaram a contactar com o português no Colégio Camilo Hernández, em Coria, concelho localizado a norte de Valência de Alcântara, junto à fronteira com Marvão. Pode parecer pouco, mas não é, de facto.

Basta levar em linha de conta que Pablo, de quatro anos, fecha a porta da sala, quando lhe pedem em bom português, mas o avô, de 56, hesita. "Fechar significa cerrar la puerta?", pergunta ao neto, que lhe responde afirmativamente. Manuel Rejas justifica que o nosso idioma "é muito fechado" e que apesar da proximidade com Portugal nunca se sentiu atraído pelo português e mesmo quando vem cá fazer compras só fala castelhano. "Vocês percebem sempre o que dizemos", remata.

A nora não pensa da mesma forma. Também ela sabe pouco, muito pouco, da língua da Camões e isso já lhe custou uma não promoção na carreira, tendo sido ultrapassada por uma colega, bem mais nova, num estabelecimento comercial local, justamente porque falava a nossa língua "quase correctamente". Por isso, decidiu pensar no futuro do filho. "Hoje, por aqui, o português é mais importante que o inglês. Quem não o dominar vai arrepender-se e não chega começar a aprender em adulto, porque depois há sempre coisas que vão faltar", alerta Cristina Soley, revelando que tudo fará para que o seu menino cresça a aprender castelhano e português, simultaneamente. "É a única hipótese", sustenta.

O discurso de Cristóbal Herrero, pai de uma menina com três anos, vai ao encontro desta ideia. Susana ainda pouco fala, mas já sabe que "perrito" se diz "cão" e que "deitar" significa "acostar". Mas o pai desta pequena vai mais longe, ao ponto de ter comprado cassetes de vídeo e DVD com desenhos animados, cujos diálogos são em português. "Talvez por trabalhar no sector hoteleiro e ter de contactar frequentemente com portugueses esteja mais sensibilizado para este fenómeno", refere, admitindo existirem palavras que "são quase imperceptíveis para quem não tem um ensino luso de berço".

Há quem não pense assim e encare mesmo com "muita desconfiança" esta recente aposta, olhando para as aulas de português com alguma indiferença. Maite Gomez acha que "as crianças não aprendem nada" e mesmo que aprendam alguma coisa, para esta mãe, "de pouco serve" para a vida do pequeno Juan.

É aqui que reside o maior desafio da professora Mónica Vieira Gonçalves. A docente admite ter vindo a debater-se com a reprovação de alguns encarregados de educação, que consideram a iniciativa supérflua. "Infelizmente, há pessoas com uma mentalidade muito fechada que acham que isto não serve para nada e ao princípio não é fácil", admite, dando conta de crianças que não manifestam qualquer interesse pelas suas aulas. "Nós sabemos que os miúdos são o reflexo dos pais e eu penso que quando um aluno não liga ao ensino do português está a sofrer uma influência que vem da própria casa", diz ao DN, garantindo já ter casos de pais que "torceram o nariz" ao projecto e que mais tarde deram a mão à palmatória.

"Os pais ficaram surpreendidos com a aprendizagem dos filhos, porque as crianças absorvem tudo, como esponjas. Isso tem contribuído para mudar, um bocado, a mentalidade desta gente", justifica Mónica Gonçalves, alertando que a maior prova da simpatia que esta aposta está a conquistar na Extremadura espanhola é a dificuldade em conseguir apoios do Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças para o projecto, dada a quantidade de candidaturas que surgiram em toda a região.

Texto extraido do: DN Online

Jornal de Olivença editou às 16:15

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