PORTUGUÊS AMEAÇADO | NÃO ME PEÇAM |
Chamaram-lhe "chaporreo" sem sentido, disseram ser idioma degenerado, língua de trapos, veiculo perdido para se exprimir algo de elevado! Disseram nunca dever ter aparecido, quanto mais costumar ser falado por um povo, num recanto esquecido que vê o seu passado desprezado. Oh, fala de Olivença, cru alentejano falado durante séculos sem fim pelos teus filhos no trato humano! Não é possível que termines assim como se não tivesses passado mundano, como se nunca foras usado, enfim... |
Leio a História duma repressão no nome de cada rua adulterado; verifico uma consciente intenção num apelido que foi modificado. Não posso negar uma omissão em cada livro que foi rasgado; não pode merecer uma aprovação cada facto por má-fé ocultado. Não me peçam que seja conivente para calar a voz da memória apenas porque tal é conveniente não me digam ser acção meritória, emnome dum fugaz tempo presente, apagar de Olivença a sua História! |
Carlos Eduardo da Cruz Luna / Estremoz, 21 de Junho de 2007 |