Quarta-feira, 25 de Julho de 2007

Dois poemas

PORTUGUÊS AMEAÇADO NÃO ME PEÇAM

Chamaram-lhe "chaporreo" sem sentido,
disseram ser idioma degenerado,
língua de trapos, veiculo perdido
para se exprimir algo de elevado!

Disseram nunca dever ter aparecido,
quanto mais costumar ser falado
por um povo, num recanto esquecido
que vê o seu passado desprezado.

Oh, fala de Olivença, cru alentejano
falado durante séculos sem fim
pelos teus filhos no trato humano!

Não é possível que termines assim
como se não tivesses passado mundano,
como se nunca foras usado, enfim...

 

Leio a História duma repressão
no nome de cada rua adulterado;
verifico uma consciente intenção
num apelido que foi modificado.

Não posso negar uma omissão
em cada livro que foi rasgado;
não pode merecer uma aprovação
cada facto por má-fé ocultado.

Não me peçam que seja conivente
para calar a voz da memória
apenas porque tal é conveniente

não me digam ser acção meritória,
emnome dum fugaz tempo presente,
apagar de Olivença a sua História!

 

Carlos Eduardo da Cruz Luna  / Estremoz, 21 de Junho de 2007

Jornal de Olivença editou às 18:51

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